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A mostrar mensagens de outubro, 2021

Top Hat Chronicles: Crónica - Le Quattro Stagioni

  Top Hat Chronicles Le Quattro Stagioni Hoje quando estava no autocarro, reparei em algo que me incomodou. Em pé ao meu lado estava um homem a falar ao telemóvel aos altos berros, como se o autocarro fosse a sua casa. Após 10 minutos ao telemóvel, ele parou, e desrespeitando mais uma vez todos os que estavam à sua volta, colocou uma música no telemóvel tão alta e tão má que fazia os vidros do autocarro tremer. Saí do autocarro depois de ter ficado à volta de 5 minutos a ouvir aquele barulho que me corrói os tímpanos de fora para dentro. Estava à espera de ouvir os pássaros a cantar e o vento a cantar histórias às flores e às folhas, mas em vez disso, ouvi os pássaros a insultarem-se uns aos outros e o vento a chatear as folhas e a matar as plantas.  Apercebi-me então que tinha sido contaminado com uma doença que hoje em dia é muito comum: "A Música Moderna". Mas apesar de estar infetado com esta tal doença que nos corrompe por dentro, destrói o ouvido, apodrece o cérebro e f...

Top Hat Chronicles: Poemas

Top Hat Chronicles Poemas ~Primeira Saga~ Olho pela janela, vejo um pássaro a voar, a bater as asas. Sem hesitar começo a sonhar, sobre o dia em que posso saltar e entre as nuvens nadar. Pergunto-me, se o navegar entre o céu será alguma vez possível. Pergunto, contemplo, sonho. Pergunto-me, se é possível caminhar no escuro como caminhamos na luz. Pergunto, contemplo, sonho. Pergunto-me, se um dia iremos amar como odiamos. Pergunto, contemplo, sonho. Pergunto-me, se hoje perdemos como ontem ganhamos e se amanhã ganhamos como ontem perdemos. Pergunto, contemplo, sonho. Pergunto-me, se já fui o que sou, se sou o que serei, ou até se serei quem fui e quem sou. Pergunto, contemplo, sonho. Antes de ir, olho para trás, aceno ao horizonte, digo adeus ao passado. Olho para frente, com postura acente. Digo olá ao futuro, adeus ao arrependimento. Nunca mais voltei, ao sítio de onde vim. Estou em paz agora, longe de mim. Olho para baixo, sinto a brisa. O vento faz-me festas no cabelo e o medo cóce...