Top Hat Chronicles: Poemas
Top Hat Chronicles
Poemas
~Primeira Saga~
Olho pela janela,
vejo um pássaro a voar,
a bater as asas.
Sem hesitar começo a sonhar,
sobre o dia em que posso saltar
e entre as nuvens nadar.
Pergunto-me, se o navegar entre o céu será alguma vez possível.
Pergunto,
contemplo,
sonho.
Pergunto-me, se é possível caminhar no escuro como caminhamos na luz.
Pergunto,
contemplo,
sonho.
Pergunto-me, se um dia iremos amar como odiamos.
Pergunto,
contemplo,
sonho.
Pergunto-me, se hoje perdemos como ontem ganhamos e se amanhã ganhamos como ontem perdemos.
Pergunto,
contemplo,
sonho.
Pergunto-me, se já fui o que sou,
se sou o que serei,
ou até se serei quem fui e quem sou.
Pergunto,
contemplo,
sonho.
Antes de ir, olho para trás,
aceno ao horizonte,
digo adeus ao passado.
Olho para frente,
com postura acente.
Digo olá ao futuro,
adeus ao arrependimento.
Nunca mais voltei,
ao sítio de onde vim.
Estou em paz agora,
longe de mim.
Olho para baixo,
sinto a brisa.
O vento faz-me festas no cabelo
e o medo cócegas no coração.
Penso duas vezes,
procuro outro caminho,
mas todos os caminhos vão dar a Roma,
todos os caminhos vão dar ao meu último passo.
A vida que vivo,
é uma vida morta,
uma vida passada.
O que eu causei,
as coisas que eu fiz,
são coisas que nunca compreenderei,
coisas que já me arrependi.
Tentei impedir-me de fazer o que fiz,
mas sem sorte e com azar.
Então peguei no meu futuro,
com mão de agarrar
e apaguei a vela sem hesitar.
De tarde à noite
O sol escuro é iluminado
pela lua brilhante.
Encandeado agora,
fecho os cortinados,
como pálpebras nos olhos.
Dirijo-me para o quarto.
A maçaneta da porta,
é como a mão a que dou um aperto
para abrir um caminho para a amizade.
A porta range,
pede para ser minha amiga.
Eu aceito.
Entro no quarto,
os olhos fixam-me no relógio.
Sussurra-me ao ouvido:
22:17.
Deito-me na cama,
tapo-me.
A minha cabeça deita-se,
na sua cama,
na almofada.
Cerro os olhos,
oiço.
Uma língua estrangeira
vai ao encontro do meu tímpano.
A música.
As cordas do violino,
traduzem as vibrações
para uma encantadora beleza.
O trompete inspira o sopro
e canta a música.
batem no tambor,
ele grita um som grave.
O sono entra,
em pés de lã.
Dá-me um abraço,
aconchega-me,
põe-me a dormir.
O sonho não bate à porta,
entra sem aviso.
Faz com que nos perdemos,
como um barata tonta.
De manhã acordamos
como se nada fosse.
Não concordamos com o sonho,
não concordamos conosco.
Nós
O pesadelo somos nós,
o "nós" que é, durante o dia,
ignorado, esquecido.
O "nós" que destemido,
relembra o mal
que estava em nós escondido.
Campo
Encontrarás o cravo vermelho
no campo verde.
E dentro do cravo
verás também verde.
Na esperança há dúvida
e na dúvida esperança.
Esperança
Dentro de mim
há um livro,
e dentro do livro
há uma história.
Mas quando se abre o livro
a história foge, desaparece.
E lá dentro,
só resta esperança.
A Noite
Na noite clara
esconde-se o sol escuro
a lua brilhante,
mostra-se sem timidez.
As sombras das árvores
rastejam no chão
como cobras.
O barulho descansa
no silêncio
deixando apenas
o vento sussurrar
a ausência do sol.
Os sussurros do vento,
trazem histórias,
vidas vividas e
vidas perdidas.
A ausência da presença.
E a presença da ausência.
Estrela
Em mim irás ver-te a ti.
No olhar reluzente,
como o tudo no nada.
Foges de ti, como corres para mim.
Na escura noite brilhante.
Tulipa
De dentro do chão brilhante
sai uma tulipa,
mas em vez de magnifica,
reluzente e encantadora,
é feia, murcha, negra,
Morta!
Dou-lhe água, sol, terra,
tudo o que necessita.
Mas nem assim voltou à vida,
nem assim voltou a ser
o que dantes era.
Prevaleceu apenas o escuro,
que com o seu poder das trevas
erradicou toda a luz, beleza e
vida.
Do fumo do cigarro,
sai uma flor.
Uma flor escura,
vazia.
Mas esse vazio estava cheio, de
algo invisível ao olho nu.
Algo que apesar de escuro,
brilhava.
Uma pequena luz verde,
que rodeada de morte,
mostrou-se forte,
e reluziu: esperança.
A tua mão quente
Do céu tu cais
e da terra eu voo.
Lá em cima encontramo-nos,
trocamos um adeus
Não era nem leve nem pesado,
nem liso nem torto.
Era um adeus passado,
um adeus morto.
Nas nossas faces,
não se via sorriso,
via-se a tristeza,
que nos come por dentro.
É altura de largar,
a tua mão quente.
De morrer frio,
de morrer indiferente.
Mas negas o que te digo,
e agarras-me a mão.
Mostras-me o frio do inverno,
e o calor do verão.
~Segunda Saga~
Mudança
"Moras de que lado da luz?"
Talvez do mais escuro,
talvez do mais claro.
Não sei.
"As nuvens conhecem a coroa da tua cabeça?"
A coroa da minha cabeça conhece as nuvens.
Voa mais alto.
Como "as migalhas que
preferem os bicos dos pássaros
aos caprichos do vento."
Passava por uma rua desconhecida,
e vi uma alma perdida, afundada.
perguntei então:
"Para lugares menos iluminados
e corações menos vulneráveis,
pode perguntar-se é o que fazes ainda aqui
se já cá não estás?"
A perdida alma respondeu:
"Louco, sim, louco porque quis grandeza
qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
ficou meu ser que houve, não o que há."
O ar destas ruas,
está recheado de melancolia
e coberto de tristeza.
Em casa a filha desenhava algo:
"A mão tacteando o papel
tacteia o próprio tacto,
como se o papel fosse a pele
de um corpo menos que corpo,intacto."
Eu espreito e vejo um dromedário:
"O dromedário leva às costas
o horizonte e uma pequena montanha."
Estavamos a tirar tudo de dentro da casa,
como quem doa orgãos.
"Então, com as luzes apagadas,
ouço vozes chamando,
palavras mortas nunca pronunciadas
e a agonia interminável das coisas acabadas."
Apesar desta mudança,
nunca esquecerei esta casa,
pois "As nossas sombras respiravam juntas
e com elas tudo ficava resguardado."
Preto
Cá dentro,
as trepadeiras abraçam,
fortemente o coração preto.
Mas, não era um preto escuro,
era um preto branco,
um preto que reluzia
maravilhosamente a vida.
Um preto que iluminava
fortemente o escuro branco.
um preto que partia os vidros
da janela, tal é a luz.
Um preto que,
vivo ressuscita o branco,
morto.
Poema dos "internados"
Da porta nasce o livro,
que mostra magnificamente o mal.
A matemática tem um filho,
o Elon Musk, a calculadora.
O horário escolar chora
os dias perdidos, os feriados.
As greves, escorrem-lhe cara abaixo,
como lágrimas tristes, amargas, revolucionárias.
Os alunos saem da aula,
como as pessoas que entram nas lojas
no Black Friday.
Matando-se, pisando-se e cicatrizando-se.
As luvas são como máscaras,
escondem a identidade,
as impressões digitais.
O silêncio, é um barulho,
um barulho que não fala,
um barulho que apesar de silêncioso
pode ser tão barulhento como o barulho.
Ambos o silêncio e o barulho
podem ser ensurdecedores,
massacrantes.
Apesar de um ser paz e outro guerra,
há guerras pacificas e
pazes com guerra.
~Terceira Saga~
Lágrimas de carvão
Há pessoas que choram
quando estão tristes.
Eu quando estou triste,
escrevo poesia.
Escrevo as lágrimas que me escorrem.
As linhas cobertas de carvão triste;
De carvão que diz a preto,
um sorriso de pernas para o ar.
A Sombra da Morte
O chão de alcatrão pisa-me os pés,
olho para o lado e vejo um triste campo.
Chora lágrimas tristes,
lágrimas que apesar de verdes, murchas.
Eu a andar no campo,
como quem anda na cidade: cinzento.
O espirito de Lisboa possui-me,
no alentejo.
Sou a sombra do que mata,
sou o que à noite prevalece.
Sou a sombra da ultima coisa que os tristes veem
sou a sombra da morte!
Sou a sombra
do mais triste possível.
Punhal "Desalíado"
No meio do campo de batalha,
vê-se apenas morte e ódio.
E de cada lado há um punhal,
o meu punhal e o do meu inimigo.
Julguei ter visto amor
quando olhei para ele.
Dei-lhe a mão
e alimentei-o.
Pouco sabia eu
que era uma mera máscara,
daqueles que me desejam miséria.
Pois senti uma grande dor,
nas minhas curtas costas.
O punhal do meu inimigo,
cravado pela que esteve ao meu lado.
A minha tristeza
A minha tristeza
não tem profundeza.
É alta e escura,
pequena, mas mortal.
A minha tristeza
vive onde morri,
mata onde vivi.
A minha tristeza
é um longo punhal,
cravado por quem amei.
A minha tristeza
fez de mim a sua casa,
o seu local de trabalho.
A minha tristeza
é como um terramoto,
faz as minhas mãos tremer.
A minha tristeza
preenche este caderno,
como come minh'alma.
A minha tristeza
não paga renda,
e eu não consigo expulsar.
A minha tristeza
é o sangue que saiu,
quando me espetaram o punhal.
A minha tristeza,
muitos matou.
Ninguém que a viu,
no final sobreviveu
(Dedicado aqueles que me traíram, e ao resultado das suas ações.)
O miserável arrependimento
Dei o meu coração a alguém,
que me deu de volta coração e pulmões.
Mas no final deparou-se,
com a minha gelada brisa silênciosa,
a minha incapacidade de ser o que desejo
e o que prometi ser,
e o meu velho medo de avançar.
Enchi oceanos com lágrimas,
mares com tristezas e arrependimentos,
e praias com a minha curta vida corcunda.
Ria-me durante o dia,
mas chorava durante a noite.
Chorava a repugnante miséria
que me tornei.
Sou uma armadilha andante,
atraio de um modo feliz os que me rodeiam,
mas depois gelo-os com
o meu arrependimento e falsas promessas.
Faço as flores crescer,
para depois poder cortá-las
e vê-las morrer.
Cego em vão
O amor não é nada mais que uma mentira,
uma mentira que nos atrai,
que nos corrói por dentro,
e no final trai.
O amor viu-me crescer felizmente,
mas no final cortou o último ramo
de felicidade que restava em mim.
Não obtive nada de bom vindo do amor,
apenas senti magoa, tristeza e falhanço.
Apenas senti a faca nas costas,
e as longas lágrimas a escorrerem pela minha cara.
O amor cega-nos,
faz-nos perder no longo caminho da vida.
Faz-nos olhar o mal na cara,
e pensar que é o bem.
A mais profunda chama
Dentro de mim há um grande chama,
uma chama que arde a mais quente temperatura.
Uma chama que mata a própria morte,
de maneiras que em ela consegue.
Mas essa chama é minha amiga,
pois ela queima aqueles que abomino,
não perdoa aqueles que perdoei.
Essa linda chama tem lugares reservados,
para aqueles que mais odeio,
para aqueles que me tratam como lixo,
quando eles é que pertencem à lixeira.
(19-1-2022)
A minha tristeza não é como um poço,
é como um oceano sem profundeza.
Ver-me livre de ti,
era ver-me livre de mim.
Não queria que fosse realidade,
mas não hesitaste em tirar-me a felicidade.
Ouvi a tua promessa,
à espera que a cumprisses.
Mas devo ser doido,
pois no final deixaste-me a apodrecer
numa escura rua de mágoa e traição.
Não te preocupes pois
abaixo do céu algo espera por ti,
Algo que te vai comer viva para todo o sempre,
como me fizeste a mim.
As chamas vão te congelar em fogo
e ignorar o teu socorro,
que eu ouvirei com prazer
quando te ouvir morrer.
E eu sei que irei para o mesmo sítio que tu,
ou talvez na sala ao lado,
esperarei uma resposta,
numa sala entre o bom e o mal.
O inferno espera-nos de braços abertos,
onde ambos iremos arder eternamente.
~Quarta Saga~
Alentejo
Terra longa e feliz,
longe do cinzento que o céu arranha.
Terra limpa e conhecida,
destemida e poderosa.
Os teus frios ventos dizem num tom quente:
- As ervas verdes e puras,
as terras pacificas que procuras,
permanecerão sempre aqui.
Entre os prédios e os carros
está meu corpo,
mas minh'alma não larga
o horizonte Alentejano.
A árvore que me criou,
lá vive e de lá não saiu.
Permanece pura e feliz,
mas eu aqui mergulhado no cinzento.
Terras Alentejanas suspiram
a presente ausência de poluição,
são maravilhosas,
terra apaixonada.
Terra que
com arco e flecha,
no meu coração acertou,
e que mesmo a milhas de distância,
nunca me largou.
Minha paixão por esses ares limpos.
Minha mão, tenta agarrar o horizonte,
onde tão longe estás.
Minha mão tenta apanhar o meu coração
que foi de mim separado.
O meu coração que nas tuas terras,
Alentejo,
verdes, limpas, puras e felizes,
foi enterrado.
Terra mea,
Terra nostra,
Terra iracunda.
(25-2-2022)
Ser Simples
Ás vezes,
a natureza
é tudo o que
precisamos.
Simplicidade pura,
longe de tradições,
acima de modos.
Simples.
Sem ciência,
sem matemática,
sem gramática,
sem pensar demais.
Viver,
viver e apenas
viver.
Ser o que se é.
Em vez
de se fingir
ser algo,
ser-se nós.
Viver a
vida feliz,
e não
a morte triste.
Olhar,
pegar algo
e não pensar
duas vezes.
Pensar uma vez,
e não duas.
Ás vezes
não pensar é o melhor.
Ser simples.
Lisboeta Alentejo
Os seus longos campos
chamam por mim.
O seu interminável
horizonte verde.
Ambiente seco,
mas simples.
Amável e atraente.
Sem cidades
sem carros,
sem pessoas mal educadas,
rudes e crueis.
Terra de cor seca,
mas de espírito verde.
Alegre na sua pureza bela,
sem ordem nem regras.
Terra onde não dizem:
- "Faz isto
isto
e aquilo".
Terra onde não te ordenam,
não exigem
nem mandam.
Terra magnifica,
que, os honestos e simples
aceita.
Chama por mim.
Um Lisboeta atraído
pelo Alentejo.
(4-3-2022)
Amor é cego
O amor é cego,
finge não ver.
Infiltra-se em nós
e controla-nos.
Ás vezes é bom,
outras vezes é horrível.
Para mim, o bom
nunca durou muito.
Por isso,
dá-me vontade de desistir,
de largar o vermelho quente,
e trocar por um vazio frio.
Mas apesar disto,
ainda o desejo.
Talvez regresse mais tarde,
num dia deVerão ou Inverno.
Enquanto descansa na areia,
ou me escondo do frio.
Mas se nada mudar,
e me sentir igual,
enterrar-me-ei na areia
ou entregar-me-ei ao frio.
Mas o que digo agora,
é só um pensamento.
Não vem para ficar,
está só de passagem.
Espero que um dia,
me aqueçam o peito frio,
que me deem um coração
e que eu o aceite.
Antes e Agora
Dantes eu vivia na linha,
não saía do lugar.
cumpria a ordem que tinha,
sem parar para pensar.
Mas hoje em dia,
não sinto velha vontade indiferente
via a "folha", mas não lia,
dizia que sim como quem mente.
Não quero seguir a linha,
quero fazer eu o caminho
para poder dizer que é minha.
Ordens e regras a seguir,
acorrentado à parede,
puxo-as em vão a tentar fugir.
Os anos passaram
e consegui rebentá-las.
Sou livre finalmente,
posso escrever sem ordem
viver sem rimar.
Uma linha...
Duas
linhas...
Qua_
tro
li_
nhas...
Sem ordem.
Não é em sonetos que
vou escrever a minha vida,
é como me apetecer,
como o meu espírito sentir.
Idade Apaixonada
Eu gosto da idade em pessoa,
mas tenho medo dela invisivel e imprevisivel.
O Alentejo,
minha paixão,
está cheio de idade,
mas não o temo,
amo-o.
Receamos a morte, as
não a vida,
que é ainda mais letal.
Somos o que
dizemos não ser.
Somos contraditórios,
somos seres humanos.
A Vida
A vida está cheia,
cheia de flores, árvores e céus.
Mas não deixa de ser jogo perigoso,
não deixa de ser um jogo de roleta russa
jogada por crianças.
A vida é em vão,
cheia por fora, mas vazia por dentro.
Mas apesar de tristeza. emorte,
há também felicidade e almas vivas,
há relações, amizades e romances.
Porquê desistir de ir,
onde há esperança,
mas porquê ter esperança
quando é mais fácil desistir?
Porquê abraçar a vida quando podemos morrer?
Porquê lutar pelo amor,
quando o ódio é mais forte?
Nem sempre o mais forte é melhor,
às vezes o amor é a solução para a tristeza.
A vida não tem significado,
porque não precisa de ter.
mas porquê andar em vão,
sem rumo, nem destino, nem caminho
se o risco de cair é tão grande.
Sem significado é sem alma,
sem vida, sem nada.
Se calhar, não ter significado da vida,
viver e descobrir a vida não descoberta.
A vida é um livro
à espera de ser escrito,
pelos que têm coragem
de o fazer.
Pelos que abraçam o desconhecido.
A vida é o mistério
de ser misteriosa,
è andar ao escuro,
amar uma pessoa achando que é outra.
jogar o jogo por mais perigoso que seja.
A vida é uma aventura:
assustadora, cruel , perigosa.
Suja, escura e grande.
doida, amorosa, incerta,
limpa e boa, mas embaciada.
A vida é um quadro em branco,
a vida não tem significado,
para nós o fazermos.
O facto de não ter significado, é o significado.
Por mais que não o mostre,
meu coração arde amorosamente,
pelas sombras sólidas à minha volta.
Não aceito o que não penso.
Sentimentos que somente
me mentem, que sem lógica mostra
o que o arrependimento traz,
e o que a nós,
a tristeza faz.
Porquê arder, coração?
Porquê viver repetidamente uma mentira?
Não é música nem canção,
esta flecha que contra mim atira
aquele que com asas angélicas
faz qualquer um mentir.
Por isso questiono: Porquê Sentir?
Pergunto também:
Porquê num buraco cair,
se de lá não conseguimos sair.
~Quinta Saga~
Alma
os pássaros que vejo não são pássaros,
são almas que já viveram,
as almas que se empurram com. ovento,
as almas dos que nunca bateram asas.
Um animal não é só um animal,
é uma migalha,
e se as juntarmos todas
temos um bolo de natureza.
As asas dos "pássaros"
são a nossa esperança,
a nossa coragem e vontade.
e seus olhos,
nosso instinto,
instinto que nos leva a onde queremos.
O nada é como um longo deserto,
um deserto de areia que não se sente,
um deserto com nada,
mas se olharmos bem, tem tudo.
Mas o deserto não é o nada,
é o tudo solitário,
o tudo sem amigos,
mas nem sempre, não ter amigos é mau.
Às vezes traiem,
outras vezes magoam.
São humanos.
Mas o deserto não trai,
sabemos o que esperar.
O nada; mas o nada nem sempre é mau.
Uma Hora e Meia
Uma hora e meia
sozinho a pensar.
Para uns: Paraíso,
para outros: Inferno.
Para mim...
casa.
Uma hora e meia
de poesia e contemplações.
Uma hora e meia
da minha vida.
Uma hora e meia
de football,
uma hora e meia
de telemóvel.
Para mim...
uma hora e meia de caderno, lápis e metáforas.
Quando aparece poesia
(nos meus cadernos)
Quando aparece poesia
nos meus cadernos,
não fui eu que a escrevi.
Foi o meu coração.
foi a minha mão, que,
por paixão ou ódio controlada,
escreveu a carvão e sentimentos
o que sinto, penso, não quero, não sinto.
É essa a razão
pela qual
se lê a carvão,
os meus sentimentos, bem e mal.
Com ou sem rima,
sentidos ou sentidos.
Versos soltos ou fixos,
que me saltam de cima.
Outros blogs que (não) vale apena ir ver:
Something new (por: North Arrow)
Link: https://wearegoingtodosomethingnew.blogspot.com/2021/06/noticias.html
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