Top Hat Chronicles - Contemplações da Manhã:
Top hat Chronicles
~Contemplações da Manhã~
O Arco-Íris:
O Arco-Íris aparece em dias de chuva (que são associados à tristeza) e de sol (que são associados à felicidade). Será que o arco-íris é o neutro, o que está entre o dia e a noite, o sol e a lua, o escuro e o claro, o preto e o branco? Será que o arco-íris é o caminho entre o início e o fim de uma jornada? Será que ainda ninguém achou o pote de oiro na ponta do arco-íris, porque essa ponta é o fim dessa jornada, o fim que ninguém vê até chegar lá?
Perder:
Como é que nós nos perdemos, se não caímos dos bolsos ou da mão? Como é que nos perdemos se não nos de nós algures por aí?; Ou será que nos esquecemos de nós algures por aí?; Será que nos perdemos mesmo?
Cada passo que dou, não é um passo, mas sim a terra a querer aproximar-me mais dela, a querer dar-me um abraço aos pés; e quando caio no chão é porque o dia lhe está a correr tão mal que dois pés não lhe bastam para a alegrar. (Da mesma maneira que quando um bebé se às pernas da mãe a chorar, não lhe basta uma perna, ele quer colo).
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As pessoas dizem que o que passa pelas nossas veias é sangue, mas eu discordo, é poesia, são os ramos da natureza, são as rodas invisíveis que nos põem a andar, a respirar e a ser.
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De cada vez que bebo água, estou a beber um bocado de mim, um bocado que se perdeu, um bocado de mim que a natureza criou para eu poder encontrar e poder ser mais do que já sou.
Da mesma forma que quando estamos doentes e precisamos de beber muita água, quando estamos magoados (psicologicamente), a resposta está em nós.
Todos os poemas que escrevo, são na verdade um; o poema da minha vida.
Se pusermos um grão de areia no meio de um oceano,
teremos as proporções do universo. (Sendo o pequeno grão o Terra).
Quando as pessoas me veem sozinho com um livro, não estou sozinho, mas sim acompanhado por personagens, filosofias, sabedorias, romances e vidas escondidas entre papeis.
Num suicídio "por salto", a última coisa que se houve é o bater das asas da tristeza, que apesar de muito grandes, nunca conseguirão aguentar o peso das boas memórias dessa pessoa.
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