Mensagens

Short Stories

Top Hat Chronicles An Owl's Orange Poem Bedeviled with worries I decide to walk alone through the dark south Portugal plains. Full shining moon, like a cat's eye. Silent mouth but loud brain, thoughts, but not by myself. A noise flies rapidly into my ears, eager to startle me, it succeeds, I look to my right and behold, wild as the wind, natural as the autumn leaves, free as a cat's spirit, and menacing as a cat's stare. White Owl with one bright shining orange eye, with black stripes along the wings, and the structure of a poem written along a body, a story carefully crafted into a woman's open body. Your eyes, like a lover's stare. Deeply hidden within the night's light, your orange stare, deep, free, you fly in people's fear, you live in people's fear, you hunt in people's fear. Owl, you with your orange poem staring at me, full moon background, against the black sky shining with it's little stories, you owl, fly in the night.  Cities in D...

Top Hat Chronicles - Contemplações da Manhã:

 Top hat Chronicles ~Contemplações da Manhã~ O Arco-Íris: O Arco-Íris aparece em dias de chuva (que são associados à tristeza) e de sol (que são associados à felicidade). Será que o arco-íris é o neutro, o que está entre o dia e a noite, o sol e a lua, o escuro e o claro, o preto e o branco? Será que o arco-íris é o caminho entre o início e o fim de uma jornada? Será que ainda ninguém achou o pote de oiro na ponta do arco-íris, porque essa ponta é o fim dessa jornada, o fim que ninguém vê até chegar lá? Perder: Como é que nós nos perdemos, se não caímos dos bolsos ou da mão? Como é que nos perdemos se não nos de nós algures por aí?; Ou será que nos esquecemos de nós algures por aí?; Será que nos perdemos mesmo? Cada passo que dou, não é um passo, mas sim a terra a querer aproximar-me mais dela, a querer dar-me um abraço aos pés; e quando caio no chão é porque o dia lhe está a correr tão mal que dois pés não lhe bastam para a alegrar. (Da mesma maneira que quando um bebé se às perna...

Top Hat Chronicles: Stories - O Autocarro

Imagem
 Top Hat Chronicles O Autocarro A água dos lagos refletia a luz da grande estrela, dizendo: 7:16 da manhã. Longe desse hidro-espelho encontrava-se um veículo público a fazer a sua carreira diária à volta de uma vila. Os travões do autocarro põem-se a trabalhar tornando a velocidade do veículo nula, à frente de uma paragem as pessoas esperam a abertura da porta, que faz o que querem deixando-as entrar. O algarismo respetivo à velocidade do autocarro aumenta novamente. O autocarro para mais à frente ao lado de um café com gente familiar na esplanada, não resiste em acenar. O grande veículo parte novamente em frente. O autocarro estava a andar agora no centro da vila que estava estranhamente deserta. Mais à frente é forçado a parar novamente pela palavra Stop que reluzia a vermelho num ecrã no interior do veiculo, uma alma presa dentro de um saco de carne sai do autocarro a beber água, mas passado uns 2 segundos a pessoa cai no chão (como se tivesse perdido a força em todos os seus mú...

Top Hat Chronicles: Crónica - Le Quattro Stagioni

  Top Hat Chronicles Le Quattro Stagioni Hoje quando estava no autocarro, reparei em algo que me incomodou. Em pé ao meu lado estava um homem a falar ao telemóvel aos altos berros, como se o autocarro fosse a sua casa. Após 10 minutos ao telemóvel, ele parou, e desrespeitando mais uma vez todos os que estavam à sua volta, colocou uma música no telemóvel tão alta e tão má que fazia os vidros do autocarro tremer. Saí do autocarro depois de ter ficado à volta de 5 minutos a ouvir aquele barulho que me corrói os tímpanos de fora para dentro. Estava à espera de ouvir os pássaros a cantar e o vento a cantar histórias às flores e às folhas, mas em vez disso, ouvi os pássaros a insultarem-se uns aos outros e o vento a chatear as folhas e a matar as plantas.  Apercebi-me então que tinha sido contaminado com uma doença que hoje em dia é muito comum: "A Música Moderna". Mas apesar de estar infetado com esta tal doença que nos corrompe por dentro, destrói o ouvido, apodrece o cérebro e f...

Top Hat Chronicles: Poemas

Top Hat Chronicles Poemas ~Primeira Saga~ Olho pela janela, vejo um pássaro a voar, a bater as asas. Sem hesitar começo a sonhar, sobre o dia em que posso saltar e entre as nuvens nadar. Pergunto-me, se o navegar entre o céu será alguma vez possível. Pergunto, contemplo, sonho. Pergunto-me, se é possível caminhar no escuro como caminhamos na luz. Pergunto, contemplo, sonho. Pergunto-me, se um dia iremos amar como odiamos. Pergunto, contemplo, sonho. Pergunto-me, se hoje perdemos como ontem ganhamos e se amanhã ganhamos como ontem perdemos. Pergunto, contemplo, sonho. Pergunto-me, se já fui o que sou, se sou o que serei, ou até se serei quem fui e quem sou. Pergunto, contemplo, sonho. Antes de ir, olho para trás, aceno ao horizonte, digo adeus ao passado. Olho para frente, com postura acente. Digo olá ao futuro, adeus ao arrependimento. Nunca mais voltei, ao sítio de onde vim. Estou em paz agora, longe de mim. Olho para baixo, sinto a brisa. O vento faz-me festas no cabelo e o medo cóce...